Estudo de investigadores do Trinity College, Dublin, publicado na «PLoS ONE»
As asas dos insectos são dez vezes mais finas do que um cabelo humano. O material de que são feitas – cutícula – é muito resistente, mas devido à sua pouca grossura poderia partir com facilidade. Uma equipa de investigação descobriu o segredo da resistência das asas: a rede de nervuras que as cobre.
Os cientistas responsáveis pelo estudo publicado agora na «PLoS ONE» fizeram pequenos cortes nas asas de gafanhotos e as fissuras propagaram-se com facilidade, mas só até à nervura seguinte. Como estas formam uma completa rede em toda a superfície das asas os danos não foram suficientes para as tornarem inúteis.
Se as nervuras fossem ainda mais numerosas, as asas seriam reforçadas mas o peso impediria a eficácia do vôo, isto porque estas são mais pesadas do que a cutícula. Formam, assim, uma malha que está no seu ponto ‘óptimo’ de leveza e resistência.
Os investigadores descobriram que existe uma distância crítica de poucos micrometros, a partir da qual uma fissura é demasiado grande e pode pôr em risco o rendimento das asas. As nervuras estão distribuídas aproximadamente a essas distâncias.
As asas estão, assim, optimizadas para serem o mais leves possíveis sem que a resistência seja sacrificada.
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